Notas Históricas
Na sequência do 25 de Abril de 1974, foi empossada a Comissão Administrativa, liderada por António Pedro Vasconcelos Cação. Em 12 de Dezembro de 1976 foi eleito Presidente da Junta de Freguesia Victor Hugo dos Santos Bernardino, candidato da FEPU, reeleito em 16 de Dezembro de 1979, nas listas da APU. Em 1981 o Presidente eleito renunciou, sendo a Comissão Administrativa que lhe sucedeu liderada por João Morais de Oliveira. Ainda em 1981, nas Eleições intercalares, foi eleito António Diamantino Raimundo Nabais, cabeça de lista da APU, reeleito em 12 de Dezembro de 1982. Em 15 de Dezembro de 1985 o vencedor foi Rui Rafael Mateus Araújo, pelo PS. Nas eleições realizadas em 17 de Dezembro de 1989 o vencedor foi José Afonso Rita, eleito pelo PCP/PEV. Em 12 de Dezembro de 1993, António Manuel Dias Almeida, do PS, ganha as eleições, sendo sucessivamente reeleito em 1997 e em 2001. Nas últimas eleições, realizadas em 9 de Outubro de 2005, o vencedor foi Jorge Nuno Viera Silva Ribeiro, pelo PS.
Cronologia Histórica
1461 – O Rei D. Afonso V, faz doação a D. Gonçalo Vaz de Castelo Branco, das marinhas de sal da Póvoa até à Verdelha.
1476 – D. Gonçalo distingue-se na batalha de Toro, em que comandava 180 homens a cavalo, todos por ele armados e equipados. Em recompensa foi nomeado donatário de Vila Nova de Portimão.
1521 – D. Martinho Vaz de Castelo Branco, 1 ° Conde de Vila Nova de Portimão, comanda a frota nupcial que conduziu Dª. Beatriz, Princesa de Portugal, a Sabóia.
1578 – Morrem em Alcácer Quibir, D. Martinho de Castelo Branco Valente, 9° Senhor da Póvoa e o seu irmão, D. Diogo de Castelo Branco, combatendo valorosamente junto do Rei D. Sebastião.
1647 – Detidos na Póvoa de Santa Iria, Domingos Leite Pereira e Roque da Cunha, que a soldo do rei de Espanha, pretendiam assassinar o rei D. João IV.
1807 – D. Pedro de Lencastre, 16° Senhor do Morgado da Póvoa, foi nomeado Presidente e membro da Regência do Reino, durante a ausência do Rei D. João VI.
1859 – Primeira fábrica de adubos químicos instalada na Póvoa.
1912 – Alberto Sanches de Castro, realiza no Mouchão da Póvoa, o primeiro voo em aeroplano com motor, realizado em Portugal.
1916 – Criada a freguesia de Póvoa de Santa Iria.
1934 – A “Solvay” funda na Póvoa de Santa Iria a “Soda Póvoa”, chegando a criar mais de 1.200 postos de trabalho.
1956 – Inauguração da Igreja de Nossa Senhora de Fátima.
1976 – Primeiras eleições autárquicas livres e democráticas. Eleitos: – Vítor Hugo Bernardino; Amândio Gonçalves Amaro; Joaquim António Baião; Manuel Fiúza Costa; Casimiro Rei; António da Silva Godinho; António Diamantino Nabais; Alfredo Lopes Duarte e Guilherme Pereira Gomes.
1985 – A povoação é elevada à categoria de Vila.
1986 – Início das festas anuais comemorativas de elevação a Vila, sendo presidente da Junta de Freguesia, Rui Rafael Mateus Araújo.
1998 – Aprovação e publicação oficial do Brasão da Póvoa de Santa Iria.
1999 – Elevação da Vila a Cidade.
1999 – Inauguração do novo quartel dos bombeiros, com a presença do ministro-adjunto e da Administração Interna, Fernando Gomes.
História
D. Vicente Afonso Valente. Cónego da Sé de Lisboa, instituiu em 1336 o “MORGADO DA PÓVOA” em benefício do seu irmão, Lourenço Afonso Valente. O MORGADO foi crescendo em importância e extensão, pertencendo sucessivamente, à família dos Valentes, “OS SENHORES DA PÓVOA”, depois e sempre por laços familiares, passou aos Castelo-branco, aos Lencastres e por último aos Távoras. Os Valentes eram da pequena nobreza, escudeiros e cavaleiros. Os Castelo-Brancos foram senhores de Portimão e Condes de Vila Nova de Portimão. Os Lencastres e Távoras vieram a obter o título de “Marquês de Abrantes”. O lugar da Póvoa pertenceu à “ALDEIA DE EREYN (Iria), onde desde tempos remotos existia a presença humana testemunhada pelos seguintes elementos:
– Período Romano: – epitáfio de um tal Julius Rufinus, designado como Olisiponensis e ânforas ovóides, encontradas no Mouchão da Póvoa.
– Visigótico: – foram postas a descoberto na Quinta de Santo António quatro sepulturas e encontradas algumas moedas (trientes).
– Árabe: – topónimo Azóia e Balata, que é, ainda hoje, apelido de algumas famílias.
– Medieval: – em recentes escavações, efectuadas no lugar da Bolonha, foram encontradas inúmeros fragmentos de cerâmica e moedas de D. Sancho II.
O Morgado está estreitamente ligado à história da Póvoa que durante mais de três séculos foi designada por PÓVOA DE DOM MARTINHO”. O Sal e o Azeite desempenharam um importante rendimento do Morgado permitindo aumentar, em muito, o poder económico dos seus proprietários. Situava-se na freguesia de Santa Iria e foi pertença do “TERMO DE LISBOA” pertenceu aos concelhos de ALVERCA, VILA FRANCA DE XIRA, LOURES e por último novamente a Vila Franca de Xira. Extintos os Morgados em 1863, o lugar da Póvoa passou a designar-se Póvoa de Santa Iria.
Povoação com forte ligação ao rio Tejo, e a população na sua origem de pescadores e marítimos, que desde tempos remotos tiveram como actividade principal a pesca, a extracção do sal e aos transportes fluviais. Com a inauguração do Caminho de Ferro em 1856 instala-se na área da freguesia a primeira fábrica de adubos químicos em Portugal, iniciando-se a expansão industrial facilitada pelo escoamento fácil dos produtos e aproveitando as matérias-primas essenciais para o produto final, o sal marinho e os calcários da cortina montanhosa de Vialonga.
A criação da freguesia data de 1916, desanexada do concelho de Loures em 1926 e integrada no concelho de Vila Franca de Xira. Na segunda metade do século XX, gera-se um acentuado crescimento demográfico que vai não só descaracterizar a povoação mas também transformá-la num enorme dormitório. Com uma dinâmica oferta de serviços em constante expansão e elevada à categoria de Vila em 1985 e a cidade em 1999, com aproximadamente 30 mil habitantes, é presentemente uma das cidades de Portugal com menos população envelhecida.